"Não há preço que pague...

um sorriso, uma gentileza, um abraço, um aperto de mão. Não tem preço que pague se sentir bem, se sentir cuidado, olhado. Nada é como se sentir olhado por alguém. Não simplesmente observado, cuidado, protegido, é muito mais que isso. É como se uma cápsula invisível se formasse em volta e você se sentisse a pessoa mais segura do mundo. Só porque ele(a) sorriu pra você e te olhou, com os olhos mais lindos do mundo."
- Jéssica Barretos


- Como você está linda! - disse um dos rapazes sentados no sofá assim que a garota entrou na sala.
 O outro ergueu o olhar do retrato na mesa de centro e dirigiu-o para a cunhada, num vestido azul, esbanjando alegria e beleza. - Ela não está linda, ela é. Sempre.  
- Obrigado, meninos - ela disse enquanto caminhava até eles.
- Você tem razão, ela é a garota mais linda que já vi nessa terra.
 Disse o primeiro rapaz e então levantou-se e deu um abraço nela.
- Você também não ficou nada mal de smoking, Tony - disse ela e os três riram. - Os dois estão lindos!
- Pelo menos para o meu casamento eu tenho que ficar, não? - questionou Tony, que em seguida substituiu o abraço por um beijo na testa da moça. 
- Vamos então? - disse o rapaz sentado; ele pegou um buquê de rosas ao seu lado e se levantou. A garota confirmou que estava pronta e eles saíram.
Ao chegar no carro, estacionado em frente à casa, o mais alto dos rapazes entregou o buquê para a garota e foi dirigir.
Havia um misto de nervosismo e doçura no ar.
- Conseguiu convencer sua mãe, Jessie? - o motorista perguntou olhando a garota pelo retrovisor.
- Não, ela não vem - a garota respondeu tristonha. 
- Não faz diferença! Não é como se a gente esperasse que ela fosse vir - disse Tony, emburrado no banco do carona. Jessie colocou a mão no ombro dele como quem diz que está tudo bem, que está aqui para o que precisar. 
Após um longo silêncio, falaram brevemente sobre a lua de mel. Estavam dizendo sobre o quanto iam voltar bronzeados quando deram conta de que haviam chegado em seu destino. 
O cartório da cidade estava preenchido com uma diversidade de gente; homens, mulheres e alguns que misturavam os dois. A mídia também estava lá, era um dia pioneiro e memorável em Recife. Quando os três entraram foram aplaudidos e fotografados. 
Uma sequência de abordagens se iniciou, de pessoas querendo congratular, de jornalistas querendo uma palavrinha, de gente querendo coordenar as coisas. E no meio disso surgiu uma senhora. 
- Mãe? - disse Tony. Ambos se encararam por tempo suficiente para que lágrimas escorressem e então se abraçaram. 
- Eu tive que lutar contra minhas crenças, filho... E eu fiz isso! Eu te amo e quero que você seja feliz. Quero que você seja amado. Descobri que não importa de onde ou de quem venha esse amor. Me perd...
 - Eu te perdoo mãe.
Terminando de abraçar o filho ela foi até o outro noivo, o rapaz mais alto.
- Se tem alguém que pode fazer meu filho feliz, mais do que qualquer mulher ou criatura nessa terra, eu sei que esse alguém é você, Lucas - e deu um abraço nele também.
Tony e Lucas se olharam com sorrisos que mal cabiam em seus rostos. 
Se aproximaram, se abraçaram, entrelaçaram os dedos e dirigiram-se ao balcão onde o magistrado esperava há algum tempo. Após confirmarem que estavam se unindo por livre e espontânea vontade, por livre e espontâneo amor, eles assinaram o memorial. Logo que todas as testemunhas assinaram o juiz olhou para o papel e deu um sorrisinho.
- Pois bem, vocês estão oficialmente casados. Pode beijar o noivo.


Trilha Sonora:

 Considerações:
Quando a história veio até mim pedindo por favor pra ser contada eu não pude dizer não. Aí Ludov apareceu com o tempero sonoro que era exatamente qual eu precisava pra manter a inspiração nisso. Espero que gostem. 

Um abraço, gente! Bom domingo.

Comentários

  1. aaah gostei muito!! sdd de suas histórias xD Se der apareça no meu blog xD
    Bjoo

    PS: sempre flo com vc no twitter e vc me ignora =/ hahahhaa

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  2. Tinha razão, eu amei e agora Ludov tá embalando meu comentário.

    Tão bom pensar nisso e ler isso, dá esperança, coragem e bem-estar.

    Um lindo conto que me fez tão bem. Só posso agradecê-lo por isso.

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