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Mostrando postagens de outubro, 2011

A Sua Muralha – parte 1

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“Que a vida me leve pra qualquer lugar,  apenas me leve pra longe daqui,  onde eu não preciso fingir  nem mentir pra mim mesmo, onde eu possa ser o que sou.”   | Ser o Que Sou ~ Matheus Herriez Algum temor, alguma vergonha, algum dolo. Tijolo a tijolo. E quando você percebe está quase sumindo dentro de uma muralha que construiu em torno de si. Quem poderá lhe condenar? Com sua elevada altura elas fazem-nos sentir fortes e protegidos. Sentimentalmente quase invulneráveis. O melhor é que quando as construímos podemos fazer na forma que queremos e pintar das cores que desejarmos. Embora nos torne pessoas mais frias, se as pintarmos de cores vivas e quentes, parecerá o oposto.   Mas o problema com elas é que fazem com que a gente desapareça... Tijolo a Tijolo de quem não somos, de quem querem que sejamos e quando percebemos, estamos cercados e presos dentro dela e o que as pessoas estão vendo lá fora já não tem mais nada haver conosco. Está certo, é da rea

O tal do amor.

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 Quero amor, quero amar.  Do sentimento que mais forte beber eu possa, nele me embriagar.  Sentir o extremo e pendendo ou não, nele ficar. Mas sê decisivo, sê imune às dúvidas; pois eu tanto queria experimentar disso. Conhecer a determinação dos que dizem “vai dar tudo certo” na certeza de que realmente vai dar.  Porque “se for pra pensar negativo, é melhor não pensar...” – Mas aí eu penso realístico, e sonhador que sou me faz só envenenar; desencantar e parar de sonhar são sobrecarga. Mas cansei dos venenos, agora quero só os licores e os bons vinhos.  Ficar bobo, com os pensamentos perdidos como num labirinto. Sorrir de labirintite.  Torto e caindo, mas de paixão, de amor. E que seja calmo e suave: s abe a vontade de um abraço, de uma mão envolvendo a sua, de lábios carinhosos?  Para um bêbado do amor, desejoso estou de um porto-seguro, dos hospitaleiros que com braços estendidos lhe acolhe, isso quero, por mais contraditório que parecer possa.  Pois amor é d

O dobro (ou nada).

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Port Coton - Zaz ' 'Me provoque, me desafie, me tire do sério, Me tire do tédio, vire meu mundo do avesso, mas pelo amor de DEUS, me faça sentir... um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer, chorar com cara de sapo.  Você aguentaria viver na montanha russa do meu coração?''  |  Clarice Lispector  O mediano não me satisfaz, eu gosto de intensidade, de profundidade ou elevação.  Gosto de maximizar cada janelinha de experimentação e vivência. Ou as minimizo de vez.  Sempre gostei disso, valorizo. Mas atualmente... as coisas estão desandando, tudo desordenadamente embaralhado dentro desse João. Eu a ponto de vomitar meu coração. Mornidão, mornidão...  Gosto e valorizo os extremos, mas há tanto entre o 8 e o 80. E assim sendo acabo me mantendo sempre em interlúdio. Meias-aventuras, meias-entregas, metades .  Preciso de sentimentos fortes, paixão que me queime, ira em que eu exploda, amor petrificante, felicidade

Desabafo Molhado

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Chega a ser engraçado, sinto-me tão triste que dá vontade de rir.  Porque se não eu vou realmente chorar... mais. O prazer parece assolar certas pessoas em se tratando de machucar aos outros. Há pessoas que se divertem em brincar* com a gente, mas de um modo tão mau. Não importa se você é bom, não importa se você lhes respeita, tenta lhes contagiar com seu sorriso. Talvez seja aí que resolvam pisar mais em você. Sua bondade e alegria se torna inspiração nos outros, para te derrubar. *Brincar = Humilhar, zuar, xingar, fazer-lhe de trouxa. E hoje o dia foi assim pra mim. Um dia que eu havia determinado que seria lindo. Que fiz de tudo para o manter sendo. Tentei fazer como Luna, de Harry Potter: ser alheio e ficar no meu mundo utópico, relembrar as alegrias de dias anteriores; relembrar o sorriso tão belo que alguém recentemente me deu, o beijo. E quase - aquele quase que por pouquíssimo não deixa de existir - mas quase consegui. Ignorei as br