Tem um abaçaí dentro de mim!
Há em mim um gênio meio indomável. É um eu incontrolável, com quem não posso argumentar. Inconstante, esquecido, de uma loucura imprevisível; m e diz que a vida é agora ou pra que eu me esconda temeroso do lá fora. E assim eu vou seguindo. Às vezes coloco a razão de lado, jogo os planos pro alto, engato a marcha da impulsividade e piso fundo no acelerador. Digo à mim mesmo que sou jovem e que há tempo. Ou digo que não há. Só dou ouvidos ao que eu quero escutar. Quase uma sabotagem, feita por mim contra eu mesmo. Procrastino meu futuro e vou envelhecendo. Aí quando percebo já avancei demais no tempo. Tento, tento, tento, mas não consigo mudar. Quem pode para o vai e vem do mar?