A Sua Muralha – parte 1

“Que a vida me leve pra qualquer lugar, 
apenas me leve pra longe daqui, onde eu não preciso fingir 
nem mentir pra mim mesmo, onde eu possa ser o que sou.” 
|Ser o Que Sou ~ Matheus Herriez


Algum temor, alguma vergonha, algum dolo. Tijolo a tijolo.
E quando você percebe está quase sumindo dentro de uma muralha que construiu em torno de si. Quem poderá lhe condenar? Com sua elevada altura elas fazem-nos sentir fortes e protegidos. Sentimentalmente quase invulneráveis.

O melhor é que quando as construímos podemos fazer na forma que queremos e pintar das cores que desejarmos. Embora nos torne pessoas mais frias, se as pintarmos de cores vivas e quentes, parecerá o oposto.  

Mas o problema com elas é que fazem com que a gente desapareça...
Tijolo a Tijolo de quem não somos, de quem querem que sejamos e quando percebemos, estamos cercados e presos dentro dela e o que as pessoas estão vendo lá fora já não tem mais nada haver conosco.

Está certo, é da realidade e da essência humana a adaptação, mas muralhas não chegam nem a ser isso. Nós criamos a casca, mas no interior é tudo muito distinto.

No interior estamos nós: frios, solitários e doentes.
Existe aqueles que dizem que se você não consegue ficar sozinho consigo
mesmo, é porque não se gosta e não é boa companhia nem para si próprio,
mas se trancar em seu mundo interno e criar personagens para lidar com os outros, isso sim, é muito mais uma forma de não se amar.

Que possamos deixar nossas muralhas para trás e enfim, ser quem somos. 
Sem máscaras, disfarces e encenações.

Bom inicio de semana, pessoas ocupadas! Um abraço.


obs: ouçam Matheus Herriez clicando aqui. O cara manja.

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