Os Tempos
E o tempo se anuncia... E tudo se inicia.
Tem até benção divina e promessas trocadas.
Vamos para mercúrio de mel.
E para a felicidade... Nós movemos montanhas,
destruimos muralhas, construimos a casa
na beira da praia.
E o tempo passa... A brasa ainda acesa.
Um ao outro se afaga. Problemas vem com
certez'a felicidade compensa.
E o tempo altera... A diferença separa.
A cinza supera o fogo. No forro tem cupim.
No apartamento tem um lobo mau.
E o tempo repete... Um vai e vem incessante.
Os filhos são tão rebeldes. Desafiando gigantes
e equilibrando-se em pernas de pau.
E o tempo faz pausa... A morte desafia.
Um caixão é comprado. Experiência vivida.
Sucesso ou falha;
Não sou eu quem determina.
E o tempo continua... E o tempo esquece e cura.
Retrato amarelado. Recordações embutidas
de apenas mais uma vida.
E qual foi o seu valor?
Qual foi o valor? Qual foi o valor?
Sobre o poema:
Primeira poesia que fiz durante meu isolamento
numa fazenda do interior de Mato Grosso do Sul.
Aliás, eu fiz um punhado de poesias por lá,
mas claro, sempre que considerarmos que não havia muito mais a se fazer...
Enfim, essa foi umas das que me surpreendi,
já que acabou por ficar beeem diferente das que eu costumava fazer. ;D
Àquela fazenda foi onde eu comecei a questionar sobre a vida de uma maneira
que nunca havia questionado antes: sem exigências.
e como podem ver, o poema está cheio disso, embora de uma maneira
um pouquinho mais indireta, na forma sintetizada de uma vida conjugal.
Espero que gostem.
Um abraço e uma boa noite. ;D
Raidam sabe que adoro tudo que escreve
ResponderExcluire que deveria mesmo publicar um livro
Mas essa poesia é muito mais linda
que as outras suas que eu li
E sim amei seu blog
sempre que possível
passarei para dar uma olhadinha
^^
Bjooo