Lucid Dream

 
Lucid Dream é uma história na qual venho trabalhando há algum tempo.

Ela trata do "sobrenatural" e de um mundo que às vezes cogitamos se realmente não existe.

Resolvi pública-la por aqui. Espero que gostem.

  

Prólogo

  Às vezes eu não entendo o que eles querem exatamente de mim e a maioria das vezes eles não se importam um mínimo em dar explicações e porquês. Esta é uma dessas vezes.

 O pior é que meu senso de inutilidade é tão grande, que acabo me sentindo obrigada a fazer alguma coisa quando posso; quando aparentemente sou a única que pode.

               

 Até mesmo mudar de estado e ir morar numa cidade há quase mil e quinhentos quilômetros de distância. Não que eu me importe com a mudança.

Não que eu goste daqui. Pra mim tanto faz.

É que eu prezo muito o meu tempo livre.

E a minha missão então: Droga! – Ela irá requerer-me em tempo quase integral.

Serei a babá de um garoto de dezessete anos, e pessoalmente.

 Aqui, meu pai já se acostumou com a filha rebelde e doentia, mas irei morar com minha mãe e meus irmãos, irei sair frequentemente de casa, irei a escola... Irei viver.

"Apenas viva, ok? Como se fosse uma garota normal."- Colocando nas palavras do líder.

Mas o que me deu mais raiva foi o que James e Elisa disseram:

"Tente namorar com ele, assim ficará próxima e poderá vigia-lo melhor"

"É mesmo! Vocês tem a mesma idade. E olha, eu já andei dando uma espiada e ele é um rapaz bem bonito. Vai lá poderosa!"

"Só não vá se envolver emocionalmente. Não esqueça que é uma missão."

Odeio o James. A Elisa é só uma sem-noção, mas o James é irritante mesmo. Odeio ele.

Odiei minha missão também. Preferia muito mais os casos simples de assombração, exorcismo e caça às criaturas das trevas. Agora eu prefiro ainda mais a morte.

Do jeito que estou "alvoroçada", é capaz de se pensar que estou ansiosa, mas não!

Eu não estou. Como já disse, eu só queria o meu sossego.

Agora já aceitei a missão. Será uma mudança drástica.

Não a mudança de cidade, mas a de rotina.

Eu mal saia do meu quarto; era apenas para realizar missões, praticamente.

Vivia faltando na escola. Agora, além de sair do meu quarto, eu irei sair da minha casa.

Todo o tempo tido como livre será gasto em cuidar daquele garoto.

Mas chega de reclamar. Se eles acham que eu sou a única capaz de fazer isso, eu farei.

Me esforçarei. Mergulharei nesse... Novo mundo.

Porém, não acho que conseguirei ser uma garota normal.

Pois ser normal já não faz mais parte de mim.