Começo das Eras - Parte I



Antes do Éden havia um homem chamado Jeová e um dia Jeová resolveu caminhar pelo mundo. Por onde passava, ele realizava as mais diversas formas de milagres: dava visão aos cegos, audição aos surdos e fazia mudos falarem; pessoas que haviam perdido membros do corpo os tinha restaurados e mortos voltavam a viver.

O coração de todos se enchia de grande admiração quando ouviam falar dos milagres que ele realizava ou sobre como ele criara o mundo e tudo que nele há em apenas cinco dias. Foi nessa época que seus primeiros seguidores surgiram e ele começou a ser chamado de criador.

Naqueles tempos, devido às relações sexuais entre consanguíneos havia muitas pessoas deficientes. Não existiam cidades, mas haviam grupos de pessoas que por benefício mútuo juntavam-se em pequenas comunidades, a maioria delas eram ao sul das terras habitadas. As maiores vilas sulistas chegavam a ter quase cinquenta pessoas convivendo juntas. .

De passagem por uma dessas grandes vilas, após curar os enfermos e deficiantes e ressucitar dois mortos, o criador ouviu uma história sobre uma mulher da idade de quatorze anos que meses atrás fugira do homem para o qual seu pai havia a entregue e morrera pulando de um penhasco nas proximidades. O criador ficou curioso. Era a primeira vez que ele ouvia falar de alguém que houvesse tirado sua própria vida.

O criador foi até o penhasco e antes do pôr do sol avistou o corpo da mulher já em estado avançado de deterioração. Era uma grande altura e não havia como descer até lá, seria preciso dar a volta por um caminho montanhoso. O criador se virou para seus seguidores e pediu para que fossem e  trouxessem o corpo dela até ele.

Um dos seguidores perguntou porquê o criador simplesmente não levantava a terra onde estava o corpo da mulher até que eles pudessem alcançá-la. O criador disse que estava cansado e precisava repousar. Um dos mais novos seguidores, que era do vilarejo ali próximo, disse que era um caminho perigoso e que levaria dias, se eles não morressem caindo das montanhas acabariam morrendo de fome ou sede no caminho. O criador disse que se eles morressem encontrariam novamente a vida,  se sentissem fome encontrariam o que comer, se sentissem sede encontrariam o que beber. Ele satisfaria suas vontades, mas eles precisavam confiar nele.

Todos seguidores partiram para as montanhas.

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